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6 de maio de 2013

Próxima estação: Haiti

Sempre que recebo uma ligação com o DDD 21 meu coração dispara. Não, não é namorada, é minha recrutadora de RH do Rio De Janeiro. Desta ligação pode vir qualquer tipo de notícia.

Venho aguardando essa ligação por 5 meses. Já recebi outras ligações com alarmes falsos no passado, mas essa manhã foi diferente, dessa vez é pra valer.

A proposta é trabalhar por 6 meses no Haiti. Disse sim sem hesitar!

O Haiti pede ajuda
Depois da devastação do terremoto de 2010, o país agora enfrenta constantes epidemias avassaladoras de cólera e problemas de todos os tipos que surgem de um estado absolutamente quebrado. Muitas ONGs estão em retirada no momento, uma vez que a execução de cirurgias de urgência por causa do terremoto não se faz mais necessária. Entretanto isso vem piorando a situação das ainda 350.000 pessoas morando em tendas em acampamentos improvisados há 3 anos. Apenas 1% dessa população tem acesso à agua potável e latrinas. Neste contexto emergem não somente doenças como o cólera mas também revolta, gangs e violência.

 A ONG pra qual trabalho atua há muito tempo no Haiti, mesmo antes do terremoto. Logo após o abalo sísmico fizeram uma grande mobilização para minimizar as perdas humanas no país. Tornou-se a maior ação de ajuda humanitária da história da organização. Hoje ela mantém vários hospitais em diversas regiões do país e seu efetivo ainda é muito grande por lá, embora menor do que logo após a catástrofe. Ainda há no Haiti uma demanda colossal por todo tipo de ajuda médica, de infra-estrutura e de instituições.

Eu trabalharei em um desses hospitais, que tem 190 leitos e cerca de 700 funcionários na comunidade de Cité-Soleil na capital Porto Príncipe. É a maior favela do hemisfério norte. Ela foi profundamente afetada por décadas de corrupção, negligência, intervenções políticas externas e finalmente pelo terremoto. Sofre atualmente de diversas doenças relacionadas à falta de higiene (cólera, diarreia e etc) e segurança (violência sexual, queimaduras, violência de gangs) deste gigantesco conglomerado de moradias improvisadas.

Agora é começar a estudar fundo o país e arrumar as malas... 

Em breve um pouco da história do Haiti!

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